lomadee

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

EDUCAR !!!

Educar é realmente uma palavra com muito significado e de fundamental importância na vida de qualquer ser humano.
Amigos leitores será que existe uma definição para EDUCAR?
O que é certo pra mim pode não ser para o próximo, assim se tornando uma tarefa bem complicada. Justamente por isso existe um padrão, leis e regras para definir de forma geral tudo que nos rodeia.
Nos dias de hj o que se tem é uma tercerização da educação de nossos filhos, pois tanto o pai como a mãe hoje estão no mercado de trabalho e assim os filhos ficam nas mãos de outras pessoas tornando mais difícil ainda a educação.
Para mim educar é dar condições ao ser humano para viver bem, saber diferenciar o certo do errado dentro do padrão, saber interpretar, ter senso critico, ter humildade, ser criativo entre outras.
EDUCAR é .... 
Mostrar a melhor forma de se comportar, de compartilhar de possibilitar a outra pessoa um bem estar. Educar é ensinar e aprender em todas as formas e sobre tudo.
Obrigado e aproveitem!!!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A importância dos critérios para formar turmas!

Em reuniões pedagógicas, na sala dos professores ou mesmo nos corredores da escola, é comum escutarmos reclamações sobre algumas turmas. Essas queixas são repetidas na sala de aula e os alunos escutam que o grupo "x" é o mais atrasado, o mais barulhento, o menos colaborativo etc. Esses comentários são estigmatizadores e interferem no processo de ensino e aprendizagem. Já conhecemos a força das profecias autorrealizadoras: quando nos relacionamos com o estudante, pressupondo e agindo como se ele fosse incapaz ou incompetente, contribuímos para que ele se torne o fracasso que nele enxergamos. 
O estabelecimento de critérios para a formação das turmas favorece a sua dinâmica e, assim, a qualidade da aprendizagem coletiva. Existem escolas que insistem em colocar todos os reprovados em uma mesma classe, separando-os dos que têm mais rapidez para aprender com autonomia. Essas mesmas instituições oferecem aos professores bem avaliados as salas com os "melhores", o que só reforça as supostas diferenças. 
Um espaço pautado pela diversidade sempre é mais democrático e promissor. Distribuir proporcionalmente os alunos que demandarão ações pedagógicas específicas - entre aqueles com necessidades especiais de aprendizagem, novatos etc. - beneficia a todos. Uma medida simples, como equilibrar o número de meninos e meninas, pode fazer a diferença na dinâmica de uma turma. Agrupar os que trabalham bem e separar as parcerias que desfavorecem o processo de socialização e/ou aquisição de conhecimento também contribui com a gestão da sala. A intervenção na formação das classes deve buscar condições que facilitem o desenvolvimento do potencial de todos. 
O orientador educacional precisa ficar atento às dinâmicas construídas por cada grupo no que se refere à convivência e à aprendizagem. Observar a sala de aula e os intervalos, conversar regularmente com a equipe de professores e de monitores são ações que ajudam a identificar problemas e aprimorar o trabalho pedagógico. Realizar sociogramas para representar graficamente a estrutura de relações interpessoais facilita o mapeamento da qualidade dessas interações e sinaliza as lideranças, assim como os casos de isolamento. Um grupo onde todos se sentem capazes, seguros e respeitados pode trazer boas surpresas. 
Existem escolas que, no decorrer dos anos, não fazem alteração nas turmas, pois apostam no crescimento do vínculo entre os colegas. É verdade que o tempo ajuda a fortalecer a convivência, mas é preciso ter cuidado para que não se cristalizem os papéis desempenhados por alguns na turma. Às vezes, um jovem assume uma função (o bagunceiro, o palhaço) da qual não consegue se libertar, e a mudança de sala de um ano para o outro pode levá-lo a reconstruir uma nova identidade como estudante. 
Favorecer a aprendizagem coletiva é papel do orientador, mas o ideal é que os alunos se autorregulem. As assembleias de classe, por exemplo, servem a esse fim ao analisar os problemas e propor soluções para eles. Pode soar estranho, mas o orientador deve agir para que sua mediação diminua com o tempo. Quanto menos o grupo precisar de sua intervenção, melhor.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Aprendizagem ao longo da Vida!

A aprendizagem ao longo da vida nessa abordagem põe em relevo a diversidade de saberes e competências requeridas pelas sociedades contemporâneas, sejam elas as competências pessoais, necessárias à construção da autonomia e de projectos de vida dos indivíduos, ou ainda as indispensáveis competências sociais de cidadania activa, de capacidade de cooperação, de respeito pela diferença e de participação social.
A mudança de paradigma educativo em curso, de contornos ainda pouco definidos e por vezes contraditórios, está ligada à própria natureza informacional das mutações produzidas e ao contexto sócio-económico em que ocorrem. Ao tornarem-se a força motriz da actividade económica, os novos conhecimentos comunicacionais definem agora a capacidade de inovação de uma economia. Este processo altera o estatuto do próprio saber, tornado mercadoria em si mesmo, condicionador da produtividade, da capacidade de atrair capitais, da competitividade e do emprego (Breton et Lambert, 2003). 
A evolução tecnológica dos meios e suportes de aprendizagem e a necessidade de maior convergência entre os modos de aprender e os novos modos de produzir, prefiguram também uma reconfiguração das formas tradicionais de educação/formação e colocam aos sistemas de ensino e às instituições de formação novos desafios.
Em termos políticos, a aprendizagem ao longo da vida passa a ser um direito social e, como tal, acessível a todos; assim, a igualdade de oportunidades deixa de se perspectivar unicamente em termos de acesso e de sucesso educativo na educação/formação inicial, dado que os adultos necessitam também de actualizar permanentemente os seus conhecimentos e competências. Este direito tem como contrapartida um novo dever de cada indivíduo perante a sociedade, o de aprender continuadamente, com o que isso implica de esforço e de trabalho acrescido.
Este conceito de ALV centra a acção voluntária de aprender nos sujeitos aprendentes e abrange toda e qualquer actividade de aprendizagem formal, não formal e informal, que se traduza no desenvolvimento de conhecimentos e competências, realizada num continuum educativo, qualquer que seja o contexto social.
Por aprendizagem formal, entende-se a que decorre em instituições de ensino e de formação e que conduz a diplomas e qualificações reconhecidas; por aprendizagem não-formal, a que decorre em paralelo aos sistemas de ensino e formação não conduzindo, necessariamente, a certificados formais: finalmente, por aprendizagem informal, entende-se aquela que se realiza na vida quotidiana, não sendo necessariamente intencional. Memorando sobre a Aprendizagem ao Longo da Vida.”
A aprendizagem ao longo da vida e os seus equivalentes reaparecem com regularidade, com um destaque notável nestes últimos tempos, em afirmações de política internacional, sobretudo para colocar numa perspectiva mais vasta e para dar um fundo conceptual mais alargado aos muitos programas “lentos” que têm sido propostos.
A enumeração destas concretizações parciais do conceito de aprendizagem ao longo da vida não se insere no âmbito deste artigo. Talvez seja proveitoso, no entanto, verificar de que forma os programas actuais de educação de adultos de todo o tipo não correspondem na globalidade aos conceitos originais:
- Poucos progressos têm sido feitos relativamente à osmose entre a educação e a formação, por um lado, e o desenvolvimento cultural e social, por outro. O único sector em que esta osmose há muito foi conseguida em larga escala é o dos programas tradicionais de educação de adultos“liberal”, sobretudo aqueles que se centram no desenvolvimento da comunidade (Kallen, 1996);
- Os objectivos libertadores, emancipadores e politicamente progressistas da educação ao longo da vida – que realmente não foram explicitamente adoptados pelas organizações internacionais, nem pela maior parte dos países membros – abriram caminho para outros objectivos mais “realistas” que servem para manter e melhorar os actuais sistemas sociais, mas não prevêem a introdução de qualquer mudança radical (Papadopoulos, 1994). 
Por outro lado, o clima político e económico actual é diferente do dos anos sessenta. Não sendo favorável à filosofia um tanto utópica e idealista dos primeiros paradigmas de aprendizagem ao longo da vida é, no entanto, propício a programas de “formação ao longo da vida simplesmente ligados ao trabalho e ao emprego”.
É necessária uma boa dose de optimismo e de tolerância para endossar o ponto de vista de que os conceitos de formação ao longo da vida têm, apesar de tudo, sobrevivido intactos. A ideia geral tem permanecido nas afirmações dos decisores políticos e também em muitos programas de educação e formação. No entanto, em nossa opinião, a sua conotação alterou-se profundamente sem nunca ter conseguido atingir em pleno os seus objectivos, o que de certa forma seria de esperar, considerando as mudanças no contexto político nas últimas décadas e a evolução das economias dos países desenvolvidos, no sentido de um modelo liberal. Mas mesmo assim, a questão não deixa de roçar o ouvido: Aprendizagem ao Longo da Vida – um conceito utópico? Só o tempo o dirá.

Cada um Aprende de um Jeito!

Todo ser humano é único e assim sendo tem especificidades. A lei é categórica: todas as crianças e jovens de 6 a 14 anos devem estar matriculados na rede regular de ensino, sem exceção. Entre os objetivos que se apresentam, está o de ensinar os conteúdos curriculares de uma forma que permita também aos que têm deficiência mental aprender. Para alcançá-lo, é necessário respeitar o ritmo e os limites de cada aluno e propor as mesmas atividades a toda a turma - incluindo os estudantes que têm deficiências como síndrome de Down, síndrome de Williams e autismo. Algumas estratégias utilizadas pela Escola, permitem que essas crianças e jovens não freqüentem as aulas apenas como um passatempo ou uma atividade de recreação.
O conceito de inclusão deve estar contemplado no projeto pedagógico da escola. Atividades com esse propósito se encaixam no dia-a-dia dos professores e alunos e tendem a dar resultados a longo prazo. Na Escola, por exemplo, todos os alunos com deficiência devem ter exatamente os mesmos materiais que os demais, garantindo que ninguém se sinta discriminado. 
Um aluno de 16 anos da 8ª série, no começo do ano fez questão de que a mãe comprasse para ele cadernos para todas as disciplinas, mesmo não sabendo ler e escrever de forma convencional. Assim como os colegas, ele colou nas capas imagens de seus heróis preferidos. Isso o faz se sentir parte do grupo. 
O simples fato de ter o material já ensina. Certa vez, um aluno da 8ª série, disse a diretora da escola: "Amanhã é sábado e eu vou passear com meu pai". A diretora perguntou como ele sabia que o dia seguinte seria um sábado. Ele respondeu: "Porque hoje teve apostila de Sociologia. Então hoje é sexta-feira". Segundo a diretora, ter um material que estabelece a rotina da escola deu a esse aluno a noção de tempo. "Essa foi a aprendizagem dele naquele momento." 

Escrita própria 
Outra preocupação constante dos professores é pedir que esses estudantes escrevam, não importa como ou o quê. Acredita-se que todos podem avançar e cada progresso é percebido e comemorado. Apesar de também ter baixa visão, João usa todos os cadernos e não deixa de registrar uma lição sequer. Quando entrou na escola, há cinco anos, as páginas eram repletas de desenhos e rabiscos. Nesse tempo, ele aprendeu a escrever seu nome, percebeu que a escrita se faz da esquerda para a direita e passou a rabiscar no caderno pautado "minhoquinhas" (a chamada escrita social), que iam do começo ao fim da linha. Hoje, ele reconhece que os textos são compostos de muitas palavras. Por isso, ele dispõe diversas "minhoquinhas" na mesma linha. Para deixar o caderno organizado e bonito, João, um aluno de 8ª série, sempre coloca "título" e "data" nos trabalhos, com canetas de cores diferentes. "No caderno de Matemática, no entanto, ele só usa números".
A proposta pedagógica leva em conta também as necessidades de adaptação dos alunos com deficiência a pessoas e ambientes novos. É comum essas crianças e jovens, assim que entram na escola regular, não quererem permanecer mais do que cinco minutos dentro da sala de aula, terem comportamento agressivo ou se refugiarem no isolamento. Quando chegou à adolescência, muitas vezes Davi Nascimento da Silva, hoje com 15 anos, aluno da 8ª série, não queria nem saber de entrar na classe. Não conversava, apenas passeava pelos corredores ou ficava sentado no parque, onde ele se sentia mais à vontade. 
Em vez de insistir para que Davi permanecesse em sala, os professores levavam a turma para o parque e lá davam suas aulas. Isso ajudou muito o garoto a se aproximar do grupo. A equipe escolar se orgulha dos progressos de alunos como Davi. Hoje ele conversa, brinca e joga bola com os colegas, participa de todas as aulas - do lado de dentro da sala - e respeita a rotina e as regras comuns a todos. "Nos dias em que o Davi está mais agitado, deixamos que ele saia um pouquinho da sala. Ele dá um passeio, volta e retoma as atividades". 

A participação da família 
A aprendizagem sobre a importância da inclusão chega até os pais. "Eles aprovam a experiência diária dos filhos. Muitos contam que as crianças se tornam mais cooperativas". A mudança de atitude é fruto de muita conversa e da parceria com as famílias. No início das aulas, os pais participam de uma reunião em que a equipe pedagógica explica os procedimentos da inclusão e qual o papel da garotada nessa área. Ao longo do ano, também assistem a quatro seminários, em que podem tirar dúvidas e sugerir temas de discussão. 
Todas essas diretrizes fazem das duas escolas espaços abertos às diferenças. Nelas, as crianças com deficiência ganham muito, pois são estimuladas constantemente a avançar e as demais aprendem a respeitar os colegas. Os pais, que estudaram em escolas onde a convivência com as diferenças não fazia parte da proposta, têm a oportunidade de aprender junto com os filhos um comportamento solidário e cidadão.

Cor no material
Crianças e jovens com deficiência mental geralmente têm dificuldade de se concentrar por muito tempo. Para prender a atenção delas, são recomendadas atividades dinâmicas e que envolvam muitas cores. Usar gizes coloridos ao escrever no quadro e dar lápis de cor e canetinhas para os alunos fazerem seus registros nos cadernos. Ela também cria jogos com tabuleiros bem coloridos em que utiliza elementos do cotidiano da turma: números de duas casas, que podem ser relacionados à idade dos alunos, e papéis representando cédulas de real.

Trabalho em grupo
A criança com deficiência mental deve ser solicitada a participar de todos os projetos junto com a turma. Muitas vezes organiza as crianças sempre em grupos, para estimular a colaboração entre todos e integrar o aluno portador é fundamental para o crescimento. Na hora de produzir qualquer atividade ajudar o mesmo faz com que se sinta com grande estima e assim a cada dia a produção aumenta, bem como a socialização com todos.

Educação Infantil, lugar de aprendizagem

A partir dos 3 anos, as crianças são capazes de executar muitas tarefas sozinhas, inclusive as de autocuidado, ainda que demorem um pouco mais para realizá-las. O tempo de orientação individual diminui e o professor pode investir muito em atividades que façam com que a criança entre de vez no jogo simbólico. As brincadeiras que reproduzem os fazeres adultos - casinha, escritório, médico - são importantes e causam fascínio nos pequenos. Percursos de corrida ou de obstáculos também proporcionam boas experiências. Nessa fase, as crianças já dominam os movimentos corporais básicos e precisam aprimorar a corrida, os pulos e as cambalhotas. As sonecas ao longo do dia também diminuem, assim como os banhos na escola.
Procure desenvolver tarefas fora da sala pelo menos duas vezes ao dia, de 40 minutos a uma hora. As atividades de linguagem oral e escrita, assim como a exploração de ambientes, também são importantíssimas. "Entre 3 e 4 anos, a criança já é capaz de ouvir uma história e recontá-la com começo, meio e fim", observa Elza.
Entre os 4 e os 5 anos, as evidências do pensamento sincrético - que mescla realidade à fantasia para construir o conhecimento - são cada vez maiores. O professor tem de orientar os pequenos para que definam melhor as noções de tempo e espaço e comecem a solucionar problemas e encontrar explicações para os fenômenos naturais.
A rotina na escola tem de ser flexível o bastante para que o professor tome decisões sobre a duração de cada atividade. Todos os cantos das salas podem ser explorados para estimular a interação e criar atividades complementares - para garantir a autonomia do ritmo de cada criança.

1. Salas de atividades Para cada turma de crianças entre 4 e 5 anos organize pelo menos uma sala de atividades que estimule as explorações, brincadeiras, socialização e privacidade das crianças. Estruture-as com quadro, cabides para mochilas, prateleiras, mesas, cadeiras, almofadas, colchonetes, calendário, relógio, livros e espaço para fixação de trabalhos, na altura das crianças. Também instale armários para guardar roupas, fantasias, brinquedos e outros materiais pedagógicos. Espelhos ajudam no desenvolvimento e alimentam as fantasias. Se possível, tenha em sala uma pia para a lavagem das mãos e água potável à disposição de todos. Caso contrário, tente manter os banheiros infantis próximos. Organize os cantinhos e faça com que cada um dos espaços da sala tenha algo atrativo e estimulante para a criança, oferecendo boas atividades complementares.
2. Sala multiuso Embora as salas de atividades já sejam concebidas como salas multiuso, vale ter um 
espaço para atividades especiais no planejamento pedagógico da instituição. A sala multiuso pode servir como alternativa à biblioteca e sala de vídeo. Contribui para as experiências com diferentes linguagens - plástica, simbólica, musical, oral e escrita. Nela, procure colocar colchonetes, pufes, almofadas de diferentes tamanhos e texturas, televisão, DVD, aparelho de som, computador, estantes baixas com livros, além de murais na parede para a fixação de trabalhos de desenho, pintura e cenários de teatro. Se houver espaço disponível na instituição, organize um ateliê para ter mais liberdade de exploração de materiais nos trabalhos de arte, que são de extrema relevância para o desenvolvimento das crianças.
3. Banheiros As crianças precisam ter o máximo de autonomia nos banheiros. Por isso, tente garantir um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório para cada 20 crianças. Todas as peças precisam ser baixas. Evite quinas e outros objetos pontiagudos, assim como chaves ou trincas nas portas. Mantenha o banheiro dos adultos em ambiente separado, com cabines de vestiário. Para facilitar a mobilidade das crianças e promover a acessibilidade, construa rampas e coloque barras de apoio nas cabines sanitárias. Sugestão que, aliás, vale para a acessibilidade de todos os espaços da instituição.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Criança e Disciplina!!!

Uma criança não possui disciplina, ou ordem interna, ou externa, nem segue regra alguma. As regras foram criadas para padronizar o modo de agir dos adultos, coisa que para elas ainda não faz o menor sentido. Numa sociedade organizada, todos precisam seguir as regras, até como uma forma consensual de haver entendimento, para que não exista o caos nas relações humanas, e as leis de um meio ou nação, se cumpram. 

Como ela ainda não possui identidade, ou preferências, ou ideais, ou compromissos sociais, ou objetivos de vida, toda sua energia está concentrada na sua imensa disposição para aprender. Aprender qualquer coisa; seja desordem ou ordem. E nesse processo, também aprenderá a ser impaciente ou paciente; a saber ouvir ou a ignorar aquilo que lhe está sendo dito. Por isso mesmo, sua energia precisa ser direcionada da forma correta, de forma disciplinada e equilibrada, para as coisas práticas, que lhe serão úteis, e com menor intensidade, às atividades destinadas apenas a ajudar a passar o tempo. Nessa etapa, a depender do nível de conscientização do adulto que a assiste, ela aprende a ser naturalmente disciplinada, pela correta distribuição das atividades que lhe trarão frutos, no futuro. 
A disciplina de cada um existe quando aprendemos a colocar ordem em nossas atividades, e compromissos, e em qualquer tarefa com a qual estejamos envolvidos. Disciplina não é cumprimento de horários, ou obrigações, ou aceitação de certos padrões. Isso não passa de simples interesse pessoal, motivado, na maioria das vezes, pelo desejo se obter algum tipo de vantagem, ou evitar algum tipo de constrangimento, o que dá no mesmo. 
A motivação pessoal, sem o desejo explícito por compensações, no cumprir de uma tarefa, pelo simples prazer de ver um trabalho, depois de iniciado, concluído, isso cria no indivíduo uma espécie de ordem interna, um sentimento de organização espontâneo, um compromisso para com ele mesmo. Desse compromisso nasce um forte desejo de ver seu trabalho realizado, daí surge a disciplina. 
Esta ordem interna se aprende, quando lhes explicamos, porque devem fazer qualquer tarefa, por mais simples que possa inicialmente parecer. Mesmo que seja o calçar de uma meia, isso deve ficar claro para ela, o porquê está fazendo aquilo; qual a função, o que se espera como resultados, quais os benefícios daquela ação.
A delegação de tarefas simples, acaba por criar na criança, um forte sentimento de utilidade para si mesmo. 
Se lhes explicamos tais coisas desde o principio, a disciplina motivada pela prática de castigos e recompensas, torna-se coisa sem fundamento, sem necessidade. Torna-se até um momento agradável, aquele saber, o conhecer do porque das necessidades de realizarmos uma tarefa. Assim ela pratica a coisa sabendo porquê o faz. Desse modo, tende a se auto-disciplinar no futuro. 
A cada ação praticada, uma reação se mostrará como resultado. Poderão aos poucos aprender a dedução, que é a capacidade de ordenar de forma lógica os eventos que poderão levá-las a determinados caminhos, sempre a partir de suas escolhas, do modo como decidem. 

Isso criará, internamente, em cada uma delas, um forte senso de disciplina. Primeiro pela lógica da causa e efeito, segundo por serem capazes de antecipar, baseadas nos eventos, ou escolhas, o que provavelmente lhes poderia acontecer. Planejamento é a coisa resultante de tal aprendizado, e sem planejamento, não existe disciplina. 
O Sentimento de uma tarefa cumprida, aumenta aos mais elevados níveis sua auto-estima. Mas, inicialmente, um adulto de sua confiança, deverá colocar o ponto final, no cumprimento de cada tarefa que assumam. Apenas assim, elas também aprenderão como começar, e finalmente quando deverão dar por concluída uma coisa. 
Este elevado sentimento de ser capaz de iniciar, desenvolver e finalmente concluir uma tarefa, cientes do seu esforço e dedicação pessoal, deverá ser sua eterna fonte de motivação. Isso praticamente anula, torna sem valor as recompensas usadas como meio de forçá-las a cumprir qualquer coisa. Tais prendas, enfraquece seu caráter, estimula a preguiça e o desejo de ganhar pela lei do menor esforço. Isso contribui de forma dramática para que sejam fracas de vontade, ambiciosas, se tornem dispostas a usar de meios ilícitos para vencer os obstáculos. 
Uma criança que sempre precisa do estímulo de prêmios por tarefas cumpridas, mentalmente, jamais será criativa, nem solidária, nem comprometida com o bem estar da humanidade. Esse jovem, ou adulto, se relacionará com seus pares, apenas pela troca de favores pessoais, nunca haverá sentimento de cordialidade, afetividade, ou respeito entre eles. 
Finalmente, que exemplo podemos dar aos nossos filhos e alunos, senão nossa própria postura, nosso modo coerente de falar e agir, onde aquilo que é dito se transforma na respectiva ação, e nunca em promessas vazias, que apenas lhes servem de modelo para a desordem interna, desordem essa que logo será mostrada ao mundo em forma de ações.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Matilda, Como adaptar para o cinema!

Introdução

Matilda é uma menina brilhante, curiosa e apaixonada pelos livros, mas que sofre com o descaso de seus pais, que chegam ao ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Quando, enfim, começa a estudar, a menina se depara com uma diretora severa e punitiva, que a castiga por sua curiosidade. Os dias de Matilda não são tão ruins porque ela encontra uma simpática professora, que a incentiva a ler. Para Ana Flavia Alonço Castanho, formadora do Projeto Entorno, da Fundação Victor Civita (FVC), o filme é um ótimo recurso para discutir com a meninada o trabalho de adaptação de uma obra literária para o cinema. 



Objetivo 

Analisar a adaptação de um livro para um filme, verificando se os aspectos da história original se mantêm na obra cinematográfica. 



Conteúdo 

Adaptação de uma obra literária para o cinema. 



Trechos selecionados 

Exiba o filme todo. Destaque o trecho em que Matilda e a senhorita Honey entram na casa da diretora e são perseguidas por ela (59m37s a 1h09m54s), algo que não aparece no livro. 



Atividades 
Conte para a turma que todos vão assistir Matilda, adaptação de um livro do escritor britânico Roald Dahl (1916- 1990). Passe o filme e, na aula seguinte, inicie a leitura do livro Matilda (Road Dahl, 264 págs., Ed. Martins Fontes, 11/ 3241-3677, 39 reais) em capítulos. Organize uma conversa sobre as diferenças e as semelhanças entre as duas obras. Por exemplo, o maior protagonismo da diretora no filme que no livro e o comportamento do irmão de Matilda - que não é tão insuportável na obra escrita quanto no cinema. Explique ser comum a sensação de decepção de leitores que adoram uma obra ao verem sua versão no cinema. Discuta se os personagens ganharam mais destaque no filme ou se, na adaptação, a essência do livro foi mantida. 


Avaliação 
Peça que os alunos montem um esquema indicando algumas cenas e a forma como esses pontos do enredo são tratados no livro. Avalie se eles percebem as escolhas feitas pelo diretor e se consideram que a essência da narrativa foi mantida.